08/03/2025 | 18:10 | EBC
Presidente da Coreia do Sul é solto; julgamento de impeachment segue
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O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, deixou um centro de detenção neste sábado (8), após os promotores decidirem não recorrer de uma decisão judicial que cancelou o mandado de prisão e acusações de insurreição contra o líder, que sofre um processo de impeachment.

Yoon, 64 anos, permanece suspenso de seus deveres e seus julgamentos criminal e de impeachment relacionados à breve imposição de lei marcial, em 3 de dezembro, continuam.

A Corte Distrital da região central de Seul cancelou o mandado de prisão de Yoon na sexta-feira (7), citando o momento do seu indiciamento e questões sobre a legalidade do processo de investigação.

“Eu gostaria de agradecer à Corte Distrital Central pela sua coragem e determinação em corrigir essa ilegalidade”, disse Yoon, em um comunicado.

Ao deixar a instalação, um relaxado e sorridente Yoon, vestindo um terno escuro sem gravata, saiu do seu carro, acenou, ergueu o punho e se curvou a apoiadores balançando bandeiras da Coreia do Sul e dos Estados Unidos.

Seus advogados afirmaram que a decisão judicial "confirmou que a detenção do presidente foi problemática tanto em aspectos processuais quanto substantivos", dizendo que ela foi "o começo de uma jornada para restaurar o Estado de direito".

Os promotores não puderam ser contatados imediatamente para comentar o assunto.

O Partido Democrático, principal partido de oposição, criticou a decisão dos promotores por "lançar o país e o povo em uma crise" e pediu ao Tribunal Constitucional que removesse Yoon do cargo o mais rápido possível.

Em seu julgamento de impeachment, espera-se que o Tribunal Constitucional decida nos próximos dias se deve reintegrar ou remover Yoon.

No sábado, cerca de 55 mil apoiadores de Yoon se reuniram nos principais distritos de Seul, enquanto 32,5 mil pessoas se manifestaram contra ele perto do Tribunal Constitucional, informou a agência de notícias Yonhap, citando estimativas não oficiais da polícia.

O público, no entanto, continua sendo amplamente contra Yoon, com 60% dos entrevistados dizendo que ele deveria ser removido do cargo e 35% se opondo à remoção, de acordo com uma pesquisa da Gallup Korea na sexta-feira.

*Reportagem adicional de Ju-min Park, Joyce Lee, Dogyun Kim, Heejung Jung e Jisoo Kim; edição de Kim Coghill, William Mallard e Angus MacSwan

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