O Rio Tocantins foi contaminado por 76 toneladas de ácido sulfúrico, segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), após a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A confirmação foi feita nesta terça-feira (23), após análise da água. O ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, era transportado por caminhões que caíram da ponte – ao todo, três caminhões levavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas do ácido.
De acordo com a ANA, por precaução, o Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.
Para avaliar a qualidade de água do rio, a ANA, junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA), coleta amostras de água em cinco pontos desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP), referência em análise de qualidade de água no Brasil, vai ajudar nas análises.
De acordo com a ANA, 19 municípios podem ter sido impactados. São eles: Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Tocantinópolis, Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.
A ponte de 533 metros, sobre o Rio Tocantins, que liga Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu parcialmente, atingindo, ao todo, dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas. Pelo menos uma pessoa morreu e 16 seguem desaparecidas.