O ex-presidente e candidato à Presidência da República dos EUA Donald Trump foi baleado na orelha direita durante um comício de campanha neste sábado (13), provocando pânico na multidão.
O atirador morreu, um participante do comício foi morto e dois outros espectadores ficaram feridos, informou o Serviço Secreto em um comunicado.
"Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita", disse Trump em sua plataforma social. "Houve muito sangramento."
Quando os tiros foram ouvidos, Trump tocou sua orelha direita com a mão direita, depois abaixou a mão para olhá-la antes de se ajoelhar atrás do púlpito, antes que os agentes do Serviço Secreto o cercassem.
O Serviço Secreto e a campanha do ex-presidente disseram que Trump estava em segurança após os disparos em Butler, Pensilvânia, cerca de 50 km ao norte de Pittsburgh. A identidade e o motivo do atirador não ficaram imediatamente claros. Líderes republicanos e democratas condenaram rapidamente a violência.
Os disparos ocorrem menos de quatro meses antes da eleição de 5 de novembro, quando Trump enfrentará uma revanche eleitoral com o presidente democrata Joe Biden.
O porta-voz da campanha de Trump disse que o candidato republicano estava bem e que estava sendo examinado em um centro médico local.
"O presidente Trump agradece às autoridades policiais e aos socorristas por sua ação rápida durante esse ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão em seguida", disse o porta-voz Steven Cheung em um comunicado.
O ex-presidente tinha acabado de começar seu discurso quando os tiros irromperam e Trump e outros participantes do comício foram ao chão. Agentes do Serviço Secreto o cercaram e Trump desapareceu atrás do púlpito por cerca de um minuto antes de ser levado às pressas para o veículo que o aguardava
REAÇÃO DE BIDENO presidente dos EUA, Joe Biden, disse que havia sido informado sobre o tiroteio no comício de Trump na Pensilvânia. Em um comunicado, Biden afirmou que estava "grato por saber que ele está seguro e bem. Estou orando por ele e sua família e por todos os que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações".
Biden acrescentou: "Jill e eu somos gratos ao Serviço Secreto por tê-lo colocado em segurança. Não há lugar para esse tipo de violência nos Estados Unidos. Devemos nos unir como uma nação para condená-la".
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson, também criticou duramente o ocorrido.
"Esse ato horrível de violência política em um comício pacífico de campanha não tem lugar neste país e deve ser condenado de forma unânime e enérgica", disse Johnson nas redes sociais.
Ron Moose, um apoiador de Trump que estava na multidão, descreveu o caos: "Ouvi cerca de quatro tiros e vi a multidão se abaixar e, em seguida, Trump também se abaixou rapidamente. Então o Serviço Secreto pulou e o protegeu o mais rápido possível. Estamos falando de um segundo depois, todos estavam protegendo-o".
Moose disse que, em seguida, viu um homem correndo e sendo perseguido por agentes em uniformes militares. Ele disse que ouviu outros tiros, mas não tinha certeza de quem os disparou. Observou que, naquele momento, snipers haviam se colocado no telhado de um armazém atrás do palanque.
A BBC entrevistou um homem que se descreveu como testemunha ocular, dizendo que viu um homem armado com um rifle subindo em um telhado próximo ao evento. A pessoa, que a BBC não identificou, disse que ele e as pessoas que estavam com ele começaram a apontar para o homem, tentando alertar a segurança.
"Estava pensando comigo mesmo: por que Trump ainda está falando? Por que não o retiraram do palanque?", disse o homem. "Quando dei por mim, cinco tiros foram ouvidos."
Após os disparos, o local foi abandonado, com cadeiras derrubadas e havia uma fita amarela da polícia ao redor do palanque. Um helicóptero sobrevoava o local e policiais caminhavam pela área, de acordo com as imagens em vídeo.
Trump deve receber a indicação republicana formalmente na Convenção Nacional Republicana que começa em Milwaukee na segunda-feira.