Uma bebê de três meses morreu na UPA Sítio Cercado, em Curitiba, no início da madrugada deste sábado (29), por possíveis problemas respiratórios. Mas a situação virou caso de polícia, porque o médico de plantão percebeu que a menina também tinha sinais de abuso sexual na região genital.
Os pais da bebê, moradores do bairro Pinheirinho, a levaram até a Unidade de Pronto Atendimento com dificuldades para respirar. Foram feitas tentativas de reanimação, mas a criança morreu.
De acordo com o aspirante Russi, do 13º Batalhão da Polícia Militar, o médico que atendeu a paciente fez exames complementares após o óbito e notou que havia algo diferente na menina.
“A bebê de três meses deu entrada em estado cianótico, com falta de ar e extremidades roxas, posteriormente entrou em parada cardiorrespiratória vindo a óbito. Nos exames complementares feitos pelo médico, ele verificou algumas lesões na região genital da criança, na qual não era compatível com nada específico da idade da criança. Devido a isso, houve o acionamento de uma equipe policial militar por uma suspeita de violência sexual”, disse à Banda B.
Os pais disseram para a polícia que administraram um medicamento errado e por isso a bebê passou mal.
“O casal somente falou que a criança tinha alguns probleminhas respiratórios e acabou ministrando uma quantidade de dipirona, o que teria causado uma alergia na criança. Por isso, eles trouxeram ela aqui na UPA do Sítio Cercado”, comentou o aspirante.
O casal foi detido e encaminhado até o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
“Esse casal, devido a essa suspeição, foi encaminhado ao Nucria para prestar esclarecimentos e verificar posteriormente por meio de laudo do IML se realmente ocorreu, ou não, uma violência sexual nessa criança”, detalhou Russi.
Conforme o aspirante, os pais têm histórico de negligência com os filhos.
“De acordo com o Conselho Tutelar, eles possuem outros dois filhos menores de idade, por volta de quatro e sete anos, e já existe um histórico de negligência deste casal com essas crianças. Até por isso que o Conselho Tutelar está fazendo o acompanhamento do caso junto com a Polícia Militar”, finalizou.
Exames do IML irão determinar se a violência sexual realmente existiu.