Uma operação conjunta do Ministério da Agricultura e Pecuária e da Polícia Civil do Paraná resultou na descoberta e interdição de uma fábrica clandestina de vinhos na zona rural de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.
Durante a operação, foram apreendidos aproximadamente 32 mil litros de vinho fraudado, envasados em 16 mil garrafas prontas para venda local, além de 16,5 mil embalagens vazias.
A fábrica misturava suco, álcool e corante, enganosamente rotulando o produto como “vinho colonial gaúcho”, supostamente produzido em Caxias do Sul (RS).
O responsável pela fábrica foi encontrado no local e preso em flagrante e deverá responder por falsificação de produtos alimentícios.
De acordo com Fernando Mendes, Chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (Sipov-PR), essa operação de fiscalização tem dois importantes desdobramentos: os perigos à saúde do consumidor e a concorrência desleal com o mercado.
Esse tipo de produto, segundo ele, é produzido com condições de higiene sanitária precária e matérias-primas de origem desconhecida, sem controle de qualidade e sem rastreabilidade.
“Outro ponto que é importante destacar é a perturbação que esse tipo de estabelecimento provoca no mercado; tem vinícolas tradicionais no Paraná, produzindo produtos de excelente qualidade que precisam competir com esses produtos fraudados, adulterados”, disse.