Real Madrid ampliou seu domínio no futebol europeu ao conquistar pela 15ª vez o título do continente com uma vitória de 2 x 0 sobre o Borussia Dortmund, neste sábado, em um estádio de Wembley lotado, mais uma vez demonstrando sua precisão cirúrgica no momento de definição após sofrer pressão.
Depois de o Dortmund ter criado, mas desperdiçado, várias boas chances de gol, especialmente em um primeiro tempo de um time só, o Real chegou ao título com gols de Dani Carvajal e Vinicius Júnior, aos 29 e aos 38 minutos do segundo tempo, ampliando seu recorde de títulos.
O clube espanhol agora conquistou o troféu pela sexta vez nas últimas 11 temporadas, igualando a sequência da equipe que iniciou o caso de amor do Real com a Europa tendo vencido as cinco primeiras edições da competição de elite do continente a partir de 1956, e mais uma vez em 1966.
Foi também o quinto triunfo como técnico de Carlo Ancelotti, que ainda venceu duas vezes como jogador, pelo Milan.
Foi uma atuação típica do Real, não apenas nesta temporada, mas nos últimos anos, pois o time não fez quase nada durante uma hora, mas absorveu os golpes do Dortmund e depois mostrou sua precisão cirúrgica na frente do gol.
Os alemães tiveram um primeiro tempo dos sonhos em todos os aspectos, exceto pela falta do gol.
A primeira boa chance veio aos 21 minutos, quando Karim Adeyemi escapou da armadilha da linha do impedimento, mas foi muito longe ao driblar o goleiro Thibaut Courtois e foi abafado.
Em seguida, houve uma enxurrada de outras oportunidades, com Niclas Fuellkrug acertando a trave e chutes rasteiros de Julian Brandt e Marcel Sabitzer defendidos por Courtois, que fazia apenas sua quinta partida em uma temporada marcada por lesões.
O Real mal havia disparado um chute ao gol ou construído um ataque sustentado, mas, como tantas vezes em grandes jogos nas últimas temporadas, manteve-se calmo e controlado, confiante de que sua chance chegaria e que sua velocidade e precisão no contra-ataque fariam a diferença.
Barulho implacávelO Dortmund estava atacando em direção à sua própria torcida, que, festejando a primeira final do time na Liga dos Campeões desde 2013 e apenas a terceira de sua história, fez o possível para reproduzir a parede amarela do Westfalenstadion com um barulho implacável e um pulo unificado que sacudiu o estádio até os alicerces.
Do outro lado, com pouquíssimos motivos para se empolgar, parecia mais um dia de trabalho para os torcedores do Real Madrid, que há uma década se empanturram com a mesa principal e se acostumaram a ver seu time absorver a pressão.
O Madrid pareceu mais animado a partir do início do segundo tempo, com o goleiro do Dortmund, Gregor Kobel, defendendo uma cobrança de falta de Toni Kroos e Carvajal desviando uma bola de cabeça que passou perto.
A equipe alemã, no entanto, logo assumiu o controle novamente e Courtois entrou em ação para impedir uma cabeçada de Fuellkrug.
Para a surpresa de zero pessoas, porém, o Dortmund pagou um preço alto por não ter conseguido converter suas chances. O Real Madrid abriu o placar com um gol simples, quando Carvajal, de 1,72m, subiu para escorar com força um escanteio de Kroos.
A assistência foi uma maneira apropriada de o meio-campista alemão marcar seu último jogo pelo clube, enquanto Carvajal, Nacho e Luka Modric igualaram o recorde de Francisco Gento, daquele Real dos anos 1950-60, de seis títulos europeus.
O Real Madrid assumiu o comando a partir de então e marcou o segundo gol quando o Dortmund perdeu a bola na entrada de sua própria área, com Jude Bellingham dando passe para Vinicius Jr. marcar.
O Dortmund ainda balançou as redes a três minutos do fim, mas o gol de cabeça de Fuellkrug foi anulado por impedimento e, embora seus incríveis torcedores continuassem a cantar, no fim o grito mais alto foi, mais uma vez, da torcida do Real.