Uma professora do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Dois Vizinhos, no Sudoeste Paraná, foi afastada das funções por suspeita de maus-tratos contra sete bebês que têm entre um e dois anos, informou a delegada de Polícia Civil Natália Fagundes.
A polícia não divulgou os vídeos de câmeras de segurança que mostram as agressões, mas a advogada Kelly Borghesan, que atua na defesa dos pais de um dos bebês, diz que elas mostram diversos maus-tratos contra as vítimas, que choram.
“Nesses vídeos os pais veem essas agressões, crianças sendo pegas só pelo bracinho. […] Há situações em que as crianças estavam sentadas e elas são puxadas, (a professora) puxa o tapetinho e elas caem. [..] Ou dela ser jogada, arremessada nos colchões. Elas choram, isso tudo está nos vídeos”, afirmou a advogada.
A suspeita de que a professora estivesse agredindo as crianças começou quando um bebê chegou em casa com machucados e, ao ser questionada pelos pais, a profissional investigada disse que o bebê tinha caído no parquinho e se machucado.
O pai da criança, no entanto, achou que o ferimento parecia ter sido feito com unha. Ele procurou a direção da escola e, ao acessaram as câmeras do parquinho, não encontraram nenhuma queda. Mas ao verificar imagens de dentro da sala, perceberam atitudes suspeitas dela.
Como outros bebês também estavam chegando em casa com lesões, a direção acessou mais imagens onde foram descobertas agressões. Os vídeos agora constam no inquérito que apura o caso.
Conforme a delegada Natália, na última sexta-feira (24) os pais foram à delegacia para identificar os filhos nas imagens, segundo a delegada.”O primeiro registro dessa situação foi realizado no dia 14 de maio de 2024 e estão sendo adotadas as providências, como encaminhamento do caso do Núcleo Regional de Educação, o encaminhamento das crianças para a realização de laudos de lesões corporais”, informou a delegada.
O que diz a escola e a defesa da suspeitaA defesa da professora, que não teve nome divulgado, informou que acusação de agressão é infundada e que acompanha com preocupação a repercussão de muitas mentiras. A nota diz ainda que ela e a família estão sofrendo com “julgamentos antecipados”.
A defesa afirma ainda que não há nada que desabone a índole e a conduta da professora.
A Polícia Civil segue investigando o caso.