07/05/2024 | 07:00 | G1 Paraná
Justiça condena quatro pessoas por desvios milionários na área da saúde em Umuarama
Diego Canci/RPC

A Justiça de Umuarama, no noroeste do Paraná, condenou quatro pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na Operação Metástase, que investiga desvios de dinheiro público da área de saúde na cidade.

A operação, realizada em junho de 2021, resultou em 8 ações criminais. As sentenças de duas delas saíram neste ano e citam os crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O g1 tenta contato com as defesas dos réus.

De acordo com o Ministério Público, o então presidente e administrador do hospital foi condenado a 11 anos, 9 meses e 25 dias de prisão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de 245 dias-multa por peculato e lavagem de dinheiro.

Outros dois réus foram condenados a 9 anos e 7 meses de prisão em regime inicial fechado e pagamento de 231 dias-multa por peculato.

Os três réus devem, segundo a Justiça, pagar uma indenização de mais de R$ 748 mil.

Em uma segunda decisão, o então administrador do hospital também foi condenado a 5 anos e 3 meses em regime semiaberto e ao pagamento de 112 dias-multa por peculato. Foi a mesma pena aplicada pela Justiça a outro réu neste processo.

Desvio milionário

As investigações do Ministério Público começaram em 2020 e identificaram desvios de aproximadamente R$ 19 milhões.

Segundo o MP, uma organização criminosa formada por servidores públicos e dirigentes do Hospital Norospar emitia notas frias por meio de duas empresas de fachada. Com essa documentação, apontam os promotores, eles desviavam recursos públicos.

Conforme as denúncias, o grupo emitiu notas de supostas obras e serviços de reforma que não foram executados, além de materiais hospitalares, como luvas cirúrgicas e máscaras, que não foram comprados.

Hospital se manifesta

Em nota, a Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná, mantenedora do Hospital Norospar, disse que a unidade "passou por auditoria e reestruturação em sua diretoria após os eventos questionados [na operação do Ministério Público]".

A entidade esclareceu que "atualmente, não mantém qualquer vínculo ou contato com os administradores anteriores envolvidos nas circunstâncias que levaram à Operação Metástase. Estamos comprometidos com a integridade e transparência em todas as nossas atividades".

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