11/04/2024 | 13:00 | G1 Paraná
Polícia cumpre mandados em operação que apura fraudes em concursos públicos no PR
DECCOR/Polícia Civil

A Divisão Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), da Polícia Civil do Paraná cumpre nesta quinta-feira (11) 22 mandados de busca e apreensão na “Operação Consilium Fraudis”, que apura fraudes em concursos públicos no Paraná.

Os mandados são cumpridos em Cascavel e Umuarama por 84 policiais e quatro peritos.

Segundo a polícia, nestas cidades estão cinco bancas de concursos investigadas e os respectivos representantes delas. Os contratos supostamente ilícitos com os órgãos públicos somam mais de R$ 22 milhões, conforme a investigação.

A apuração teve início após "populares" de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, denunciarem a fraude em concurso público do município realizado em 2019. Conforme os denunciantes, houve venda de cargos e fraude no preenchimento de gabaritos.

Além disso, as bancas “concorrentes” eram em nome de laranjas, o que garantiu que o contrato fosse ganho pela empresa que cometeu supostas fraudes.

A polícia afirmou que ao longo da investigação que resultou na operação desta quinta (11) foram reunidos diversos elementos que comprovam a fraude.

"Ao longo do caderno investigativo, foram reunidos elementos, por meio de vasta análise documental, diligências de campo e meios de investigação tecnológicos avançados, comprovando o conluio, entre as pessoas físicas e jurídicas investigadas", disse a polícia.

"Bem como indicativos de um padrão fraudulento oferecido a órgãos públicos que compram o “pacote ilícito” (por exemplo, modelos de editais com cláusulas restritivas fornecidos por estas bancas aos órgãos públicos, entre outras)", afirmou a polícia.

A Polícia Civil afirmou que as fraude nos concursos foi constatada em outras cidades do Paraná, bem como em outros estados.

"Constatou-se, ainda, que algumas das pessoas jurídicas se tratam de fantasmas ou laranjas, servindo para fornecerem orçamentos e documentação para cumprir formalidades em procedimentos licitatórios, gerando ilusão de competição, necessária para o esquema criminoso", disse a polícia.

Até esta publicação a polícia não havia divulgado o balanço de itens apreendidos nesta quarta (11), nem o nome de pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema.

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