31/08/2022 | 11:04 | Bem Paraná
Supermercados do Paraná aderem à Semana do Pescado, que começa nesta quinta-feira
Evento é considerado a "segunda Quaresma" com o objetivode incentivar o consumo de peixe.
Bem Paraná

Como forma de incentivar o consumo de produtos de pesca e da aquicultura, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) aderiu à Semana do Pescado, que começa nesta quinta-feira (1) e segue até 15 de setembro. A campanha, que está em sua 19ª edição, é um projeto da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e conta com o apoio de todo o setor supermercadista do país.

O evento é considerado a “segunda quaresma” pelo varejo e envolve supermercados, restaurantes e até feiras livres com espaços gastronômicos abertos para a população. Durante o período da ação, serão intensificadas as ofertas e ampliada a variedade de pescados nas lojas.

O Brasil produziu no ano passado 841.005 toneladas de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies), com receita de cerca de R$ 8 bilhões. Esse resultado representa crescimento de 4,7% sobre a produção de 2020 (802.930 t). Em seis anos, esse mercado acumulou um aumento de 45,4%, segundo levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR).

O Anuário 2022 da Peixe BR aponta, mais uma vez, o Paraná como o maior produtor de peixes produzidos em cativeiro. Segundo o documento, a produção cresceu 9,3%, em 2021, com 188 mil toneladas, 16 mil toneladas a mais do que no ano anterior. O cultivo da tilápia respondeu por 182 mil toneladas, mais que o volume somado dos dois Estados que aparecem na sequência, São Paulo (76 mil toneladas) e Minas Gerais (47 mil toneladas).

O Estado tem um modelo de produção relacionado com as cooperativas agrícolas, com ênfase na região Oeste e, mais recentemente, no Noroeste. O investimento passa por infraestrutura, frigoríficos para abate e capacitação dos produtores.

Consumo brasileiro é de 10 kg/ano por habitante
Na média, o consumo atual de pescado no Brasil atinge 10 quilos por habitante ao ano, ainda abaixo do recomendado, que são 12 quilos por habitante/ano, e distante da média mundial de 20,2 quilos por habitante/ano. Altemir Gregolin, membro da Coordenação Nacional do evento e presidente do Congresso Internacional do Peixe (IFC Brasil, do nome em inglês) reconheceu que a população brasileira tem muitas outras opções, como frango e carnes bovina e suína, que muitos países não têm. “Então, o pescado disputa o mercado com essas outras proteínas”, disse, em matéria na Agência Brasil.
“No primeiro semestre, nós temos a Semana Santa e, no segundo semestre, o objetivo é criar uma nova temporada e, com isso, estimular o consumo, que seja uma prática cotidiana das pessoas, porque é mais saúde e, havendo mais consumo, estimula a produção em um país que tem um potencial gigante”, continua.

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