O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), o Banco do Brasil e o BRDE vão promover em Curitiba, de 20 a 24, a Semana das Energias Renováveis. O objetivo é mobilizar produtores, agroindústrias, empresas integradoras e cooperativas agropecuárias para aderirem ao RenovaPR, programa do Governo do Estado de geração distribuída de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Também haverá algumas ações presenciais e online, numa parceria com a Prefeitura de Curitiba, para sensibilizar a população urbana sobre o uso da energia elétrica.
Na segunda feira (20), às 10h, representantes do IDR-Paraná e da Prefeitura de Curitiba participam de um encontro, online, para discutir Soluções Urbanas Para o Uso Consciente de Energia. O interessado em participar deve se conectar clicando AQUI. Na ocasião também será apresentado o programa Curitiba Mais Energia, criado pela Prefeitura da Capital para incentivar o uso de fontes renováveis para a geração de energia.
Presencial
No dia 21 (terça-feira), será apresentada a Sala de Controle de Geração Distribuída e será feita uma visita guiada à Central de Geração Hidrelétrica Nicolau Kluppel, no Parque Barigui, das 9h30 às 11h. O evento tem um número limitado de participantes, 30 pessoas. O local de encontro será o Salão de Atos. A programação continua na sexta-feira (24) com a visita a uma fazenda urbana, localizada no bairro Cajuru. A intenção é discutir a agricultura urbana e as energias renováveis. Serão duas turmas, com vinte integrantes cada, às 10h e às 11h. Será uma visita guiada à propriedade que possui produção de energia solar como mecanismo de autossuficiência no processo produtivo urbano. Em ambos os eventos, o interessado em participar deve se inscrever no site do IDR-Paraná ou clicando AQUI.
Fim do juro zero
Durante toda a semana as unidades municipais do IDR-Paraná e as agências bancárias parceiras farão o atendimento e cadastramento dos produtores interessados em explorar energias renováveis. Também devem ser mobilizados sindicatos, cooperativas, agroindústrias, integradoras e prefeituras. Haverá palestras, debates, apresentação de resultados e reuniões técnicas sobre o assunto, com datas ainda a serem definidas. O tema ganha especial atenção para os produtores rurais porque no dia 31 dezembro deste ano termina o período de contratações de crédito rural, com juro zero, para as linhas Plano Safra propiciadas pelo Banco do Agricultor Paranaense. Na mesma data também se encerra o benefício da Tarifa Rural Noturna (TRN) que subsidia a energia elétrica usada à noite em atividades agropecuárias. Além disso, a Lei n.º 14.300/2022, a chamada “taxação do sol”, prevê que quem implantar energia sustentável até 7 de janeiro de 2023 ficará isento da nova taxação até 2045. Da mesma forma, o Decreto nº 9.642/2018 determina que os descontos concedidos à tarifa de energia elétrica rural terminam no final de 2023.
Com isso os produtores precisarão implantar sistemas de geração própria de energia para se manterem competitivos no mercado. Os organizadores da Semana destacam que o produtor deve ter em mãos suas faturas de energia ao buscar informações sobre a implantação de sistemas de energias renováveis. O produtor também precisa estar preparado para tomar o crédito rural no próximo Plano Safra. O IDR-Paraná e o sistema financeiro poderão dimensionar o volume necessário de crédito rural no Paraná para o total atendimento da demanda de projetos até o fim deste ano.
Retorno financeiro
De acordo com Herlon Goelzer de Almeida, coordenador estadual do programa RenovaPR, a opção por explorar energias renováveis é vantajosa sobretudo nas atuais condições. “Como as linhas de crédito rural são de 60 a 120 meses, com média de 72 meses, o retorno sobre o capital investido ocorre muito antes do vencimento dos prazos dos financiamentos. Isso demonstra a viabilidade econômica tanto da instalação dos painéis de energia fotovoltaica quanto do biogás/biometano”, afirmou. Para Almeida, as incertezas sobre o futuro dos custos da energia elétrica tornam a energia fotovoltaica e o biogás/biometano as fontes alternativas muito viáveis para o produtor rural.