Na sua passagem por Marechal Cândido Rondon na semana passada, o líder do Governo, Marcel Micheletto, foi questionado sobre como repercutiu na Assembleia Legislativa, a crise enfrentada pelos suinocultores independentes.
Nos últimos dias foram inúmeras as cobranças feitas ao Governo do Estado, entidades representativas e à classe política, devido a situação de dificuldade dos produtores, que além do elevado preço dos insumos, não conseguem despachar a produção.
Na semana passada o Governo do Paraná editou um decreto que reduz de 12% para 6% a alíquota de ICMS nas saídas interestaduais de suínos vivos.
Conforme Marcel Micheletto, a redução é temporária, com validade até 31 de julho deste ano, e visa dar competitividade sobretudo aos suinocultores independentes do Estado.
A medida aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária restabelece a igualdade na disputa por mercados, visto que os Estados vizinhos do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, praticam a alíquota reduzida.
Com maior possibilidade de vendas, os produtores paranaenses também poderão ter alívio nos impactos da elevação do custo de produção, sobretudo em razão da alta no preço do milho, principal insumo no setor.
Para o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a redução em 50% da alíquota é uma alternativa imediata que vem ajudar, visto que o Paraná pode deixar de ser apenas depositário de suínos vindos dos vizinhos, igualando o mercado e se tornando competitivo na venda a outros estados.
Atualmente, o Estado ocupa a vice-liderança na produção de carne.
No ano passado, o Paraná abateu 10 milhões e 700 mil cabeças e produziu pouco mais de um milhão de toneladas.
O Estado fica atrás de Santa Catarina, que produziu 400 mil toneladas a mais.