Perto das 10 horas, a página do presidente no Facebook transmitiu ao vivo, por alguns minutos, sua chegada à marcha. Apoiadores exibiam bandeiras do Brasil e, entre elas, uma estampada com a palavra liberdade. Aos gritos de mito pela plateia, o presidente subiu no trio elétrico. Logo depois, a transmissão foi encerrada.
Na sexta-feira, o chefe do Executivo teve um encontro com o homem mais rico do mundo, Elon Musk, e disse a ele que a possível compra do Twitter pelo magnata representava um "sopro de liberdade" para muitos usuários - Bolsonaro argumenta que a rede prejudica a liberdade de expressão com suas políticas de controle de conteúdo, e alega que correntes de pensamento à direita são especialmente prejudicadas.
Como mostrou o Estadão/Broadcast, a marcha em Curitiba é a primeira de uma série de grandes eventos evangélicos dos quais Bolsonaro deve participar. Há previsão também de o presidente comparecer a um encontro semelhante ao da capital paranaense em Manaus (AM), no dia 28, e em Cuiabá (MT), em 18 de junho.
Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu 9 pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu 4.
Apoio de Carlos Massa Ratinho Júnior
Bolsonaro chegou à capital paranaense na sexta (20) e passou a noite no 20.º Batalhão de Infantaria Blindada, quartel que fica no bairro Bacacheri. Antes, jantou em uma pizzaria no bairro Alto da XV, acompanhado pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD). Vídeos do evento mostram Ratinho e o presidente jantando lado a lado, em clima descontraído.
Mais cedo na sexta-feira, o governador afirmou que apoiará Bolsonaro nas eleições, se seu partido permitir. O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, já deu sinais de que liberará seus correligionários para decidirem pela construção de palanques em seus próprios Estados.