17/10/2021 | 12:00 | AEN
Temporais da semana foram segundo evento climático mais grave enfrentado pela Copel
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As fortes chuvas que atingiram as regiões Oeste e Noroeste do Estado na madrugada desta quinta-feira (14) se tornaram o segundo evento climático mais grave já enfrentado pela Copel, atrás apenas do ciclone-bomba registrado na região Leste em junho de 2020.

De acordo com a empresa, 330 mil domicílios foram afetados pelo temporal, com a danificação de 321 postes. Até o momento, 268 mil unidades consumidoras tiveram o serviço normalizado. Mais de 300 equipes estão em campo trabalhando regularização do fornecimento.

Superintendente de Operação da Copel, Francis do Alencar Prado destacou que o mutirão para a recomposição do sistema está exigindo a mobilização de todas as áreas da empresa. “Remanejamos equipes de outras áreas e de outras regiões do Estado para ajudar nos trabalhos. A nossa expectativa é de que até o fim do domingo boa parte das cargas esteja restabelecida”, afirmou.

Na região Oeste, 36 mil domicílios ainda estão sem luz. Jesuítas foi uma das cidades mais atingidas – nove torres de uma linha de alta tensão foram ao chão por causa da força dos ventos. A rede básica de distribuição de energia também foi severamente danificada na região.

“Na linha que fica entre a comunidade Espigão Azul, em Cascavel, e Jesuítas, tivemos um caso com 17 postes quebrados. Temos duas equipes de obras atuando na reconstrução dessas redes”, disse o gerente regional de Manutenção da Copel, André Janiaski.

A dificuldade de acesso às redes danificadas em áreas rurais é outro problema enfrentado pelos técnicos da companhia. Em Francisco Alves, no Noroeste, as duas fontes que chegam ao município, uma por Guaíra e outra por Iporã, tiveram postes quebrados em pontos que não estão permitindo passagem de caminhão.

Para agilizar o serviço, em alguns casos as equipes estão instalando postes de fibra de vidro, mais leves, para facilitar a reconstrução. Casos semelhantes ocorreram também em Cafelândia, Mariluz e Moreira Sales.

A Copel lembra que, em dias de tempestades, deve-se manter distância de situações que possam oferecer riscos, como postes quebrados e fios rompidos. A falta de luz pode ser comunicada pelo site e aplicativo, pelo telefone 0800 51 00 116 e pelo WhatsApp 41 3013-8973. Há ainda a opção de enviar uma mensagem de texto (SMS) para o número 28593, com as letras “SL” e o número da unidade consumidora.

ÁGUA – Na região Oeste, segundo a Sanepar, cinco cidades permanecem com o abastecimento comprometido: Toledo, Formosa do Oeste, Diamante do Oeste, São José das Palmeiras e Iracema do Oeste.

Em Toledo foi instalado um gerador na estação elevatória que abastece os moradores do Jardim Porto Alegre, Jardim Gisele, Jardim Concórdia, Bandeirantes e Independência. A unidade fica na comunidade do Poty, próximo ao aeroporto da cidade. A previsão é a de que o abastecimento volte à normalidade a partir das 22h desta sexta-feira (15). Outro gerador foi instalado em Formosa do Oeste, porém o abastecimento só deve normalizar no sábado (16).

O problema no fornecimento de água em razão da falta de energia atinge também os distritos de Maratona, Palmital e Palmitópolis, em Nova Aurora; distrito de Carajá, em Jesuítas; Luz Marina e São Judas Tadeu, distritos de São Pedro do Iguaçu; distrito de Bela Vista do Oeste, em Guaíra; São Sebastião, em Vera Cruz do Oeste; Ponte Nova, em Diamante do Oeste; Vila Candeias, em Maripá; e o distrito de Bragantina, em Assis Chateaubriand, onde o abastecimento está sendo feito parcialmente com um poço e auxílio de caminhão-pipa.

Na região Noroeste permanecem com problemas na distribuição as cidades de Moreira Sales, Campina da Lagoa, Juranda e Quarto Centenário. Com isso, o sistema está sendo abastecido com caminhão-pipa.

Na regional de Cascavel continuam sem energia os sistemas de Corbélia, Ramilândia e Catanduvas. Na região de Umuarama, os sistemas mais afetados são os de Francisco Alves, Alto Piquiri, Cafezal do Sul, Xambrê e Perobal. Os demais atingidos pelo temporal já tiveram a energia restabelecida e a normalização no abastecimento de água.

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