De acordo com o analista Marcelo Garrido, do Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento no momento, as principais culturas agrícolas em campo são o milho e o trigo.
No Oeste do Estado, as lavouras de milho safrinha sofreram com o frio intenso que atingiu a região.
Segundo o produtor rural e presidente da Comissão Técnica de Aquicultura da FAEP, Edmilson Zabott, de Palotina, a situação é atípica e as temperaturas não costumam ser tão baixas como nos últimos dias, ou seja, sub zero.
Além dos impactos causados pela geada, a produtividade das lavouras da região já havia sido reduzida em cerca de 40%, devido à janela de plantio atrasada por causa da seca, além de faltas de chuvas regulares durante o período de cultivo.
O trigo, que também foi plantado tardiamente, não deve registrar perdas significativas.
Zabott, que também é produtor de peixes, aves e leite, alerta sobre os impactos para a cadeia de proteínas animais, principalmente em relação à alimentação, cujo principal insumo é o milho.
Uma surpresa para a piscicultura, atividade de destaque no Oeste paranaense, foi o aparecimento de fungos nos tanques em função das mudanças bruscas de temperatura.
Segundo a técnica do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR e responsável pela cultura do café, Jéssica D’angelo, a maioria dos cafeicultores já iniciou a colheita a cerca de um mês, o que pode minimizar as perdas desta safra.
A geada afeta mais os frutos verdes que os que já estão maduros, por isso a importância de cultivares mais precoces.
Além disso, o frio tem impactos maiores nas plantas mal nutridas ou que carregaram mais frutos, do que em plantas mais bem nutridas.