22/10/2020 | 09:52 | Catve
Bandidos ligaram três vezes para família de Tamires para pedir R$2 milhões
A viagem de 410 quilômetros durou cerca de sete horas. Esse foi o tempo que os criminosos levaram entre a captura da refém Tamires Regina Gemelli, em Erechim, passando por Itá - Santa Catarina e depois uma parada em Chapecó, até a chegar em Cantagalo que fica a 35 minutos de distância de Laranjeiras do Sul, cidade natal da vítima. A investigação se manteve em sigilo absoluto para que a integridade da vítima fosse preservada. Tamires foi encontrada por volta das 23 horas de quarta-feira, em imóvel na região central do município de Cantagalo. Os envolvidos, dois homens e uma mulher estavam no ponto e orquestravam o crime, todos eles presos em flagrante. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul confirmou que houve três contatos dos criminoso com a família na tentativa de extorquir R$2 milhões. Tamires estava com roupas masculinas, um boné na cabeça e muito assustada. Foram 131 horas em cárcere, sob forte ameaça - um dos maiores sequestros da história do Paraná. O ponto onde o cativeiro foi montado fica na região central de Cantagalo, em um imóvel de esquina, padrão médio e com uma edícula aos fundos. Tamires estava sob a custódia de três pessoas, o espaço improvisado foi tapado com lona preta para evitar que a movimentação interna fosse percebida pelos vizinhos ou até mesmo pela polícia local, mas não suficiente para despistar a equipe da Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial). A ligações e a forma de atuação do bando foi crucial para a elucidação do caso e toda a negociação para manter a integridade física e psicológica de Tamires. A investigação segue para identificar os demais envolvidos no crime orquestrado no Paraná, concretizado no Rio Grande do Sul e elucidado em Cantagalo. Tamires deve ser avaliada por equipe médica, avaliar quadro clínico e psicológico.
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