A Polícia Civil (PCPR), de Toledo prendeu em flagrante  na manhã da última terça-feira (06), um homem identificado como F.C. da C., de 40 anos de idade, que vinha aplicando o famoso golpe do “Bilhete Premiado”, na cidade de Toledo e em vários outros municípios da região. 

Com as informações em posse a equipe policial conseguiu localizar o veículo que vinha sendo utilizado pelo suspeito, um automóvel Renault Sandero, de cor preta, sendo que no interior do veículo encontrava-se o suspeito acima identificado e uma mulher.  

Durante a abordagem foi localizado no bolso do indivíduo, um bilhete de jogo de dupla sena e três cartões de banco em nome de um terceiro, além de anotações de possíveis golpes aplicados anteriormente, assim como inúmeros outros cartões de banco e máquinas de cartão de débito. 

A passageira relatou a equipe que era moradora da cidade de Palotina e estava em Toledo juntamente com o suspeito e outro indivíduo não identificado. Eles tinham como objetivo ir até uma agência bancária da cidade de Toledo. 

O relato da vítima e as circunstâncias dos fatos demonstraram fortes indícios de autoria e materialidade de que se tratava de crime de estelionato, conhecido popularmente como "Golpe do Bilhete Premiado". De acordo com os policiais o crime estaria sendo aplicado no momento da abordagem, inclusive em posse do suspeito foi encontrado a quantia que teria sido sacada por ele em uma agência bancária, localizada na Avenida Parigot de Souza. 

Diante dos fatos foi dado voz de prisão a F.C. da C., e em seguida ele foi encaminhado até a sede da 20 Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP), para que as providências legais cabíveis fossem adotadas. O suspeito ainda tinha em seu desfavor um mandado de prisão em aberto, expedido pela Vara Criminal de Irati-PR, pelo delito de furto. 

Golpe do Bilhete Premiado

As autoridades policiais alertam a população para a ocorrência de golpes como o do Bilhete Premiado. A forma mais comum de abordagem é aquela em que um primeiro estelionatário se aproxima de uma vítima nas proximidades de agências bancárias ou locais públicos, tendo como alvos principais pessoas idosas ou que apresentem boa situação financeira. 

O criminoso se passa por uma pessoa pobre e analfabeta, e pergunta inicialmente onde fica determinada agência bancária, isso porque tem um bilhete premiado e precisa trocá-lo.

Em seguida, um segundo estelionatário chega. Este sempre muito bem vestido se oferecendo para ajudar, simulando um telefonema para o banco. Na sequência, surge o terceiro criminoso, que se apresenta como funcionário da Caixa. A partir daí, há a confirmação com o telefone no viva voz, de forma que a vítima possa ouvir, dos números sorteados e do valor do falso prêmio.

Após essa etapa os golpistas costumam tentar vender o bilhete para a vítima, que seduzida pela possibilidade de levar o prêmio costuma aceitar. Então os golpistas costumam levar a vítima até uma agência bancária, com a finalidade de sacar um valor estipulado e dar esse montante como garantia. Após a vítima entregar a quantia em espécie, os criminosos desaparecem e o golpe é concluído. Em alguns casos, a vítima até percebe que pode ser um golpe, mas é ameaçada psicologicamente pela quadrilha.