11/09/2020 | 19:15 | Isto é
PF mira ‘alto padrão’ de líderes do tráfico de cocaína e confisca R$ 230 milhões

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira, 11, a Operação Status para combater um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína que contava com “laranjas”, empresas de fachada e doleiros.

Agentes cumprem oito mandados de prisão preventiva, fazem 42 buscas em endereços ligados aos investigados e ainda executam ordens de sequestro de bens avaliados em mais de R$ 230 milhões.

As ações são realizadas em cinco Estados – Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro – e também no Paraguai.

A ofensiva foi batizada de “Status” em alusão à ostentação de alto padrão de vida mantida pelos líderes da organização criminosa, com participações em eventos de arrancadas com veículos esportivos de alto valor, contratação de artistas famosos para eventos pessoais e residências de luxo, indicou a Polícia Federal.

Segundo a corporação, a ofensiva segue as diretrizes de descapitalização patrimonial do crime organizado, cooperação internacional e prisão de lideranças. Todas as ordens cumpridas no âmbito da Status foram expedidas pela 5ª Vara Federal em Campo Grande (MS).

No Brasil, o sequestro e apreensão de bens atinge 42 imóveis, duas fazendas, 75 veículos, embarcações e aeronaves, cujos valores somados atingem R$ 80 milhões em patrimônio adquirido pelos líderes da organização criminosa investigada.

Já no Paraguai, dez imóveis, avaliados em cerca de R$ 150 milhões são sequestrados com a cooperação da Secretaria Nacional Antidrogas daquele país. Além disso, quatro mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos nas cidades de Assunção e Pedro Juan Caballero.

A Polícia Federal informou que o esquema investigado lavava dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de “laranjas” e empresas de fachada, dentre elas construtoras, administradoras de imóveis e lojas de veículos de luxo.

A corporação apurou que a estrutura especializada na lavagem de grandes volumes de valores ilícitos também contava com uma rede de doleiros sediados no Paraguai, com operadores em cidades brasileiras como Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.

 

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