A família de Thiago Gomes de Souza, morto durante rebelião na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) no dia 9 de novembro do ano passado, vive um impasse à espera de mais esclarecimentos sobre o caso e a liberação de restos mortais pelo IML (Instituto Médico Legal).
Thiago foi decapitado no primeiro dia do motim que teve repercussão nacional. Passados oito dias do assassinato, a esposa e o pai dele compareceram ao IML onde seguiram com procedimentos para liberação apenas da cabeça para o sepultamento em Matelândia.
Segundo a advogada de defesa, Celmira Mariana Capitani, a família recorreu à Justiça primeiramente para informações sobre a morte dentro da PEC e na sequência foi necessário ingressar com outro processo para requerimento de restos mortais.
"No dia 9 completa um ano desse acontecimento e a família ainda não pode fazer o enterro", afirma a advogada.
Ela alega que possui laudos, finalizados apenas em meados de outubro deste ano, que comprovam que um fêmur queimado encaminhado ao IML no dia 11 de novembro de 2017 é compatível ao DNA de Thiago.
Já a informação repassada pelo IML de Cascavel é de que nenhum laudo que permita a liberação ainda foi repassado pelo Estado.
"Não nos passam informação do porque não entregam a ossada que restou. Ninguém tem essa resposta e sabe o que realmente aconteceu", completa a advogada.