Quatro municípios do Extremo-Oeste de Santa Catarina decretaram situação de emergência devido aos problemas causados pela estiagem.
Em Palma Sola, cerca de 100 famílias estão recebendo auxílio da prefeitura para o abastecimento de água. A produção de leite sofreu queda de 20% e os produtores de fumo e milho também acumulam prejuízos pelo atraso no plantio. Um dos objetivos do decreto é permitir que os agricultores atingidos possam acessar o seguro agrícola.
Em São João do Oeste, desde agosto a prefeitura está fazendo o transporte de água até a estação de tratamento. No decreto, o prefeito Fernando Bisigo proibiu o uso de água tratada para regar grama, irrigar hortas e lavar carros e calçadas.
Na cidade de Planalto Alegre, o decreto da prefeitura aponta que “as proporções baixas da chuva não têm sido suficientes para promover a recarga de seus mananciais e com isso vem comprometendo o armazenamento da água potável”.
Em Santa Terezinha do Progresso, a prefeitura publicou um pedido aos moradores nas redes sociais, para a adoção de hábitos de uso racional da água, com prioridade para alimentação e higiene pessoal, deixando as limpezas mais pesadas, como lavagem de carros, calçadas e fachadas para quando a situação hídrica estiver normalizada.
Os prefeitos da Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (Ameosc), estiveram reunidos nesta segunda-feira (16), em São Miguel do Oeste. O prefeito de São Miguel do Oeste e presidente da entidade, Wilson Trevisan, disse que outros municípios também estão avaliando publicação do decreto de situação de emergência.
Os prefeitos ainda aprovaram uma solicitação de apoio para a Defesa Civil, reivindicando liberações de recursos para abastecimento de água, disponibilização de cisternas para armazenamento de água e criação de um programa para perfuração de poços artesianos com canalização de água no interior dos municípios.