O Paraná encerra 2024 com um balanço positivo em sua malha aeroviária, consolidando-se como um destino estratégico para o turismo na América do Sul. Neste ano, o Estado promoveu investimentos na área e ampliou o número de rotas internacionais com partidas e chegadas ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Somando essas operações às do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Oeste, o Estado encerra 2024 com um total de nove voos internacionais sem escala.
As novas rotas aéreas internacionais que se estabeleceram na Capital em 2024 são: Santiago (Chile), pela JetSmart, que começou a operar no dia 19 de junho –um voo sazonal, durante a temporada de inverno; Buenos Aires (Argentina) pela JetSmart, que começou a operar em 11 de julho; Lima (Peru), pela Latam, com início em 28 de outubro; Assunção (Paraguai), pela Azul, que começou a operar no dia 03 de dezembro.
Com isso, o Aeroporto Afonso Pena dobrou o número de voos internacionais diretos, uma vez que já possuía voos de Curitiba para Montevidéu (Uruguai) pela Azul, Buenos Aires pela Aerolineas Argentinas e pela Gol, além de Santiago pela Latam. Enquanto o Aeroporto de Internacional de Foz do Iguaçu também possui um voo internacional a Santiago, operado desde 2022 pela JetSmart. Ambos os terminais são operados pela CCR Aeroportos.
Reflexo
Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apontam a chegada de 252.219 passageiros no Aeroporto Afonso Pena, entre janeiro e outubro deste ano. Um crescimento de 5,3% na comparação com os mesmos dez meses do ano passado, que recebeu 239.490 passageiros. Outubro deste ano já superou também o total de passageiros que desembarcaram ao longo de todo 2023, que foi de 248.726.
“O Governo do Estado fez investimentos pesados no turismo visando atrair cada vez mais visitantes estrangeiros, seja para viagens de lazer ou mesmo de negócios. Focamos muito nos destinos vizinhos sul-americanos porque eles são os grandes emissores de turistas estrangeiros ao Paraná”, disse Márcio Nunes, secretário estadual do Turismo.
"Consideramos as parcerias – como as feitas com a companhia low cost JetSMART – verdadeiras conquistas ao Estado e ao setor paranaense, porque além de inserir o Paraná em outros destinos, também conseguimos ao longo deste ano oportunizar aos próprios paranaenses a chance de conhecer esses países vizinhos, sem necessidade de fazer escala em outros aeroportos. Dessa forma, apostando também no turismo emissivo, fortalecemos o nosso setor, gerando emprego, renda e maior qualidade de vida as pessoas”, acrescentou.
Investimentos e outros voos
Além dos voos internacionais, novas rotas regionais, como Curitiba-Maringá e Curitiba-Florianópolis (SC), começaram a operar neste ano, fomentando o turismo interno e o desenvolvimento econômico estadual.
O Aeroporto Regional de Pato Branco, na região Sudoeste, passou por uma modernização que incluiu a construção de um novo terminal de passageiros e o início das operações de um voo da Azul, ligando a cidade até Campinas (SP). O aeroporto recebeu investimentos de R$ 48 milhões, com foco em atender a crescente demanda de passageiros e cargas, fortalecendo o desenvolvimento econômico regional.
Os números também demonstram o crescimento na demanda por voos domésticos e internacionais. Ainda segundo a ANAC, somando dados de todos os aeroportos do Estado, entre janeiro e outubro deste ano, o Paraná registrou mais de 424 mil desembarques de passageiros em seu território.
Visite o Paraná
ampliação da malha aérea foi acompanhada por iniciativas promocionais, como a campanha "Visite o Paraná", que contou com duas aeronaves da Azul plotadas com campanhas sobre o Turismo do Paraná. O foco é divulgar as atrativos turísticos paranaenses, reafirmando o compromisso do Estado em atrair visitantes, tanto brasileiros quanto de países vizinhos.
Irapuan Cortes, diretor-presidente do Viaje Paraná, afirma que a conectividade é um dos pilares na hora de vender um destino.
“Ao analisarmos os principais destinos turísticos do mundo percebemos que os lugares que têm voos diretos em seus aeroportos, em geral, são os mais rentáveis e os com maior potencial de receber turistas”, disse. “Trabalhamos muito neste ano ao lado de diferentes parceiros, como a Invest Paraná, a CCR Aeroportos e as próprias companhias aéreas, mostrando como o Estado está empenhado em alavancar e captar cada vez mais pessoas”.