O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, disse neste sábado (8) que o país, grande fornecedor de carvão para Israel, suspenderá as exportações da fonte de combustível para o território israelense por causa da operação do país na Faixa de Gaza.
Petro, um esquerdista, cortou os laços diplomáticos com Israel em maio e criticou fortemente o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. Em postagem na rede social X, ele afirmou que as exportações de carvão seriam interrompidas “até que o genocídio cesse”, referindo-se às mortes palestinas no conflito.
Israel nega as acusações de estar violando, por meio da guerra, convenções internacionais.
A medida entrará em vigor em cinco dias, de acordo com o decreto do governo colombiano, que afirmou que o carvão é usado por Israel como fonte de energia para a fabricação de armas e outros materiais militares.
"A Colômbia acredita que as operações militares contra o povo palestino representam uma transgressão de uma norma peremptória da lei internacional", explica o documento.
Segundo o American Journal of Transportation, a Colômbia é o maior fornecedor de carvão para Israel, representando mais da metade das importações do produto pelo país.