Um dos policiais militares baleados durante a tentativa de assalto frustrada em Guarapuava, região central do Paraná, recebeu alta do hospital na quarta-feira (20). Ele foi atingido na perna.
Segundo o hospital, o cabo Bonato se recupera em casa após uma cirurgia e não corre risco de morrer.
Os cabos Ricieri e Bonato foram atingidos por disparos de arma de fogo quando estavam em serviço, dentro da viatura. O veículo foi alvejado e os dois precisaram ser levados para o hospital.
De acordo com a Polícia Militar (PM), o estado de saúde do cabo Ricieri é grave. Ele foi atingido na cabeça.
Conforme boletim, ele passou por uma cirurgia chamada craniotomia descompressiva na terça-feira (19), procedimento que tem o objetivo de diminuir um edema cerebral. O militar permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), intubado.
A tentativa de assalto foi registrada no fim da noite de domingo (17). Na madrugada de segunda-feira (18), cerca de 30 assaltantes fortemente armados fugiram sem levar dinheiro, segundo o governo do estado.
Viatura alvejada
Segundo a PM, a viatura em que os policiais Ricieiri, Wendler e Bonato estavam foi fuzilada por criminosos por volta de 22h30, logo após eles saírem do 16º Batalhão da Polícia Militar (BPM) para início de uma ronda.
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Ainda de acordo com a PM, Wendler foi o responsável por levar ao hospital o policial Ricieri Chagas, que estava na mesma viatura e foi atingido pelos criminosos com um disparo na cabeça.
Nas redes sociais, familiares e amigos de Ricieri pedem orações.
Outro policial que estava na viatura era o cabo José Douglas Bonato. Em um áudio compartilhado por ele pouco após o tiroteio, Bonato falou da ação de Wendler e, também, do sentimento de terror enquanto a viatura era alvejada.
O ataque
A tentativa de assalto a uma transportadora de valores de Guarapuava, na região central, e o ataque ao 16ª Batalhão da Polícia Militar (BPM) do município, ocorreram de maneira simultânea na noite do último domingo (17). A informação foi confirmada ao g1 pelo secretário de Estado Segurança Pública do Paraná, coronel Romulo Marinho Soares.
Segundo o secretário, o intervalo de tempo entre a chegada dos assaltantes na cidade até a fuga, foi de cerca de cinco horas.
A polícia investiga a possível ligação do grupo que atuou na cidade em crimes similares em Criciúma (SC) e Araçatuba (SP).