20/04/2022 | 07:00 | G1 Paraná
Dois policiais penitenciários são presos e outros dois são afastados em operação do Gaeco
Gaeco/Francisco Beltrão
Dois policiais penitenciários foram presos na manhã desta terça-feira (19) em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, em operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que investiga organizações criminosas da Penitenciária Estadual do município.

Além das prisões, outros dois policiais foram afastados dos cargos na penitenciária. A direção do local informou que colabora com as investigações e que um procedimento administrativo interno será aberto para apurar as denúncias.

Esta é a terceira fase da operação que teve inicio em fevereiro de 2021. A investigação do Gaeco mostra que os policiais penais receberam propinas para facilitar a entrada de produtos ilícitos no presídio, como aparelhos celulares e drogas, além de facilitar as visitas a detentos em troca de dinheiro.

De acordo com o Gaeco, os quatro policiais penitenciários estavam trabalhando atualmente na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, mas um deles é investigado pelo período em que trabalhou na cadeia pública da cidade.

Nesta terça-feira (19), além dos mandados de prisão e afastamento, o Gaeco cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Francisco Beltrão, Pato Branco, Flor da Serra do Sul e Dois Vizinhos ambas no sudoeste do Paraná e também em Sapiranga e Araricá no Rio Grande do Sul.

Conforme o Gaeco, foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos que serão periciados e analisados.

Operação Colete

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações do Gaeco apontaram para a existência de duas organizações que atuavam na entrada de objetos ilícitos para dentro da penitenciário, como drogas e celulares.

Os grupos, conforme o ministério, são formados por agentes penitenciários, detentos e familiares de presos.

Conforme o Ministério Público, são apuradas possíveis práticas de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de drogas e ingresso de aparelho celular em estabelecimento prisional.

Na metade do ano de 2021 a investigação avançou e o Gaeco descobriu que os agentes estariam cobrando de presos da cadeia pública de Francisco Beltrão para manter eles isolados dos demais presos, para usarem celulares e terem acesso exclusivo a visitas, que estavam suspensas por conta da pandemia

Na operação em 2021, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Dois agentes penitenciários permanecem presos, conforme o Gaeco.

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