Além das prisões, outros dois policiais foram afastados dos cargos na penitenciária. A direção do local informou que colabora com as investigações e que um procedimento administrativo interno será aberto para apurar as denúncias.
Esta é a terceira fase da operação que teve inicio em fevereiro de 2021. A investigação do Gaeco mostra que os policiais penais receberam propinas para facilitar a entrada de produtos ilícitos no presídio, como aparelhos celulares e drogas, além de facilitar as visitas a detentos em troca de dinheiro.
De acordo com o Gaeco, os quatro policiais penitenciários estavam trabalhando atualmente na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão, mas um deles é investigado pelo período em que trabalhou na cadeia pública da cidade.
Nesta terça-feira (19), além dos mandados de prisão e afastamento, o Gaeco cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Francisco Beltrão, Pato Branco, Flor da Serra do Sul e Dois Vizinhos ambas no sudoeste do Paraná e também em Sapiranga e Araricá no Rio Grande do Sul.
Conforme o Gaeco, foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos que serão periciados e analisados.
Operação Colete
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações do Gaeco apontaram para a existência de duas organizações que atuavam na entrada de objetos ilícitos para dentro da penitenciário, como drogas e celulares.
Os grupos, conforme o ministério, são formados por agentes penitenciários, detentos e familiares de presos.
Conforme o Ministério Público, são apuradas possíveis práticas de organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, tráfico de drogas e ingresso de aparelho celular em estabelecimento prisional.
Na metade do ano de 2021 a investigação avançou e o Gaeco descobriu que os agentes estariam cobrando de presos da cadeia pública de Francisco Beltrão para manter eles isolados dos demais presos, para usarem celulares e terem acesso exclusivo a visitas, que estavam suspensas por conta da pandemia
Na operação em 2021, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Dois agentes penitenciários permanecem presos, conforme o Gaeco.