16/08/2021 | 10:37 | Assessoria
Unioeste e Pato Bragado estudam parceria para incentivar a piscicultura
Parceria forte

A Secretaria de Agricultura de Pato Bragado, no Oeste, e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) estudam firmar uma parceria para incentivar a piscicultura na região. A secretária Jaqueline Vanelli procurou profissionais da Unioeste para darem suporte na área, e, com isso, professores e alunos da universidade, tanto os de graduação quanto de pós-graduação, poderão colaborar em projetos que envolvem a piscicultura na cidade.

O principal objetivo é atender as demandas do município e dar suporte na qualificação dos produtores. Pato Bragado é a primeira cidade a buscar esse apoio, mas a Unioeste visa expandir essa ideia a outras cidades da região.

O munícipio conta com 74 piscicultores e investe em recursos para crescer na área, que está em franca expansão no Estado. A Unioeste, dessa forma, contribui com a comunidade pensando no futuro da cadeia produtiva e na geração de emprego e renda.

Sérgio Makrakis, coordenador do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste (câmpus Toledo), afirma que os profissionais vão realizar diagnósticos, buscar capacitação e treinamento de piscicultores e técnicos com o objetivo aumentar a produtividade.

Além disso, essa cooperação é uma grande oportunidade para os acadêmicos do curso de Engenharia de Pesca da Unioeste, que vão aproveitar para colocar os conhecimentos teóricos adquiridos em sala de aula em prática.

“É uma parceira de ‘ganha-ganha’, todos ganham nesse processo, ganha a universidade, ganha o munícipio e ganham os piscicultores da cadeia de produção”, disse Makrakis.

Segundo ele, o acordo envolve a organização da cadeia, no sentido de racionalizar melhor quais são os fluxos, potenciais de mercado, e contatos com as cooperativas para a agregação de valores, no sentido de que o município, no futuro, possa ter também mais arrecadação tributária dentro dessa nova organização.

Para Jaqueline, a participação da Unioeste agrega muito no desenvolvimento do agronegócio de Pato Bragado. “A universidade tem importância primordial nessa área, pois possui mestres e doutores referências em pesquisa e extensão com capacidade de nos mostrar aonde podemos chegar”, disse.

“Estamos com uma expectativa muito boa, vários produtores interessados, vejo que podemos trabalhar juntos e fazer a diferença”, afirmou.

PAIS E FILHOS – Melhorar a qualificação dos produtores e piscicultores da região é um dos projetos de extensão da universidade. Dentro desse escopo está sendo discutida a possibilidade de realizar treinamentos remotos para facilitar o ensino durante a pandemia. As atividades serão realizadas no período noturno para não interferir no horário de trabalho dos produtores.

Essa iniciativa possibilita que os filhos dos produtores acompanhem os treinamentos e absorvam o conteúdo para dar continuidade à produção dos pais, o que oferece um grande leque no mercado de trabalho. A cidade de pouco mais de 5 mil habitantes sente essa evasão dos jovens para polos maiores e enxerga a falta dos filhos na rede da agricultura familiar.

“O foco também é tentar fazer com que o filho do produtor rural faça esses cursos remotamente, vamos ver se, de repente, a gente possa ajudar a manter o filho na propriedade para dar continuidade às atividades de produção agrícola dos pais”, completou Sérgio.

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