11/08/2021 | 14:46 | assessoria
Marechal Rondon sedia encontro sobre apoio à piscicultura regional
Secretário nacional enaltece que a região é exemplo ao Brasil.
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Líder nacional, Paraná é responsável pela produção de 170 mil toneladas de peixes ao ano. Parceria com Itaipu pode resultar na produção de 400 mil toneladas de peixes em tanques-rede
O secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, participou na manhã desta quarta-feira (11) de um encontro no qual foram apresentadas e discutidas as políticas nacionais de apoio e incentivo à piscicultura. O encontro/palestra foi realizado na Associação Comercial e Empresarial de Marechal Cândido Rondon (Acimacar) e contou com as presenças do secretário-adjunto da Secretaria Nacional, Jairo Gundt, do prefeito Marcio Rauber, entre outras autoridades políticas e lideranças do agronegócio e piscicultores da região.
Anteriormente, Seif havia participado de encontro na prefeitura de Marechal Rondon.
No ato o prefeito Rauber mencionou que existe a possibilidade de que ocorra a exploração do turismo pesqueiro no Lago de Itaipu, a exemplo do que ocorre no Paraguai e na Argentina.
ORGULHO
Em continuidade, Seif destacou que a região Oeste do Paraná é sinônimo de orgulho ao Brasil em se tratando de piscicultura, haja vista que o estado é o maior produtor de peixes. “Com aproximadamente 170 mil toneladas de pescados ao ano, o Paraná responde por mais que o dobro do que o segundo lugar, São Paulo, que produz 70 mil toneladas por ano. Isso se deve à integração, às cooperativas, aos produtores de alevinos, a quem engorda as tilápias, à industrialização, às fábricas de rações, bem como à inovação tecnológica implantada por vários piscicultores”, expôs.
“Tudo isso desperta a nossa curiosidade em saber qual é o segredo da piscicultura do Paraná e de que forma podemos implementar este exemplo de sucesso em outros estados brasileiros. Viemos para visitar os municípios da região, produtores, indústrias e cooperativas para conhecer mais e ouvir o que nós, em Brasília, podemos fazer para melhorar ainda mais esta atividade”, acrescentou Seif.
ESTÍMULO
Referência em piscicultura em âmbitos estadual e nacional, o Oeste desponta com o aumento na produção de peixes devido ao ingresso de novos produtores, que unem a atividade às demais áreas do agronegócio. Ao ser questionado de que maneira o governo federal pode incentivar a piscicultura, Seif comentou que desde 2019 são revisadas as normativas feitas por governos anteriores com o objetivo de melhorá-las.
“Nós já revogamos mais de 500 normativas que atrapalhavam o piscicultor e o produtor brasileiro. Temos modernizado, flexibilizado e desburocratizado a questão da legislação, porque o produtor rural, os piscicultores e pescadores são trabalhadores que geram empregos, renda e alimentos para a nossa população. Em segundo lugar temos viabilizado, dentro do Ministério da Agricultura, com a Caixa Econômica, Banco do Brasil e cooperativas de crédito, as opções mais baratas para que os agricultores se interessem mais pela atividade e possam investir e crescer a cada dia na aquicultura”, salienta.
Conforme ele, o brasileiro consome aproximadamente dez quilos de peixe ao ano, quando a média mundial é de 20 quilos. “Nos países asiáticos, que têm mais tradição, são consumidos 50 quilos de peixes per capita ao ano. O brasileiro quer comer mais peixe, nós temos feito pesquisas de orientação sobre como esta proteína é mais saudável e leve. O Brasil tem muitos problemas de hipertensão arterial, infarto do miocárdio e câncer, tudo relacionado à má alimentação, pesada, rica em gorduras insaturadas e frituras. Além disso, o peixe pode resolver um problema de saúde pública pelo qual hoje o Brasil atravessa”, pontua.
LIVRE COMÉRCIO
De acordo ainda com o secretário nacional, o governo não pode regular tudo, de modo que a comercialização é uma questão mais relacionada ao mercado privado. “Quanto mais o governo intromete, mais atrapalha. O grande sistema que faz do Paraná hoje o maior produtor de pescados do Brasil é a questão da cooperativa e da integração, onde a cooperativa fornece alevino e ração, o produtor engorda o peixe e tem certeza da compra. Precisamos atrair modelos como este, empresas que possam comprar dos produtores e industrializar. Por sua vez, o mercado é livre para comercializar e a competência é de cada um”, sugere.
ITAIPU
O secretário nacional cita que em todo o Brasil são produzidas 800 mil toneladas de peixe por ano, juntando tambaqui, pirarucu, tilápia, truta, carapó, que são espécies comerciais. “Somente no Lago de Itaipu, por meio dos tanques-rede, podem ser produzidas mais 400 mil toneladas, ou seja, 50% do volume produzido atualmente no país”, evidencia.
“Modificamos as legislações brasileiras, então por nós está certo produzir em Itaipu, mas precisamos que o parlamento paraguaio altere uma alínea na Constituição para que possamos utilizar aquele lago. Como a Itaipu é binacional, não é só a vontade brasileira que prevalece”, aponta Seif.
Ele disse que recentemente participou de reunião do Conselho de Itaipu, com dirigentes paraguaios e brasileiros. “Ambos estão convencidos e foi aprovado que poderemos produzir peixes em tanques-rede. No entanto, depende de esforços políticos com o Ministério de Relações Exteriores e alguns parlamentares”, esclarece.
O governo Bolsonaro, acrescenta, está à disposição dos produtores da região Oeste. “Temos visitado e ouvido (produtores e lideranças). Vamos levar as demandas para fazer o dever de casa. Além da piscicultura, a região é rica em leite, plantio, lavouras de soja e milho. Estamos à disposição para servir. Somos soldados do Brasil e do Paraná”, complementa.
PRESENÇAS
O primeiro encontro da manhã desta quarta-feira aconteceu no auditório da prefeitura e reuniu prefeito e vice de Marechal Rondon, Marcio Rauber e Ilario Hofstaetter (Ila), bem como o prefeito de Mercedes, Laerton Weber; vice de Entre Rios do Oeste, Luciano Schaefer; prefeito de Pato Bragado, Leomar Rohden (Mano); o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif; o secretário de Finanças de Quatro Pontes, Paulo Brandt, representando o prefeito João Laufer; além de vereadores e secretários de outros municípios.
Por outro lado, estiveram presentes ao encontro na Acimacar: a presidente da associação, Carla Rieger; prefeito Marcio Rauber; Jorge Seif; o secretário-adjunto Jairo Gundt; secretários de Agricultura e política Ambiental de Marechal Rondon, Adriano Backes, e de Indústria, Comércio e Turismo, Valdir Port (Portinho); vereadores Rafael Heinrich, Dionir Briesch, Vanderlei Sauer, Cristiano Metzner (Suko) e João Eduardo dos Santos (Juca); diretores presidente, vice e secretário da Copagril, Ricardo Chapla, Elói Podkowa e Márcio Buss; diretor vice-presidente da Lar Cooperativa, Lauro Soethe; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Alcino Biesdorf; presidente do Sindicato Rural, Edio Chapla; entre outros.
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