Morte de adolescente de 16 anos em motel de Pinhais teria sido causada por edema pulmonar
A adolescente Lívia Izabel Zanetoni, de 16 anos, que morreu após hemorragia em um motel em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, teria sofrido um edema pulmonar. A informação é do advogado Igor Ogar, que defende Lucas Nascimento de Carvalho, de 29 anos, suspeito pela morte da menina.
“Tivemos informações de que a causa da morte foi relacionada a um edema pulmonar e aguardamos novos laudos periciais para obter mais informações”, disse o advogado em entrevista à Banda B.
Os resultados dos exames do Instituto Médico Legal (IML) podem demorar até 60 dias para serem concluídos e o que de fato provocou a morte de Lívia ainda não foi confirmado oficialmente.
Os pais da garota prestaram depoimento sobre o caso à Polícia Civil, nesta segunda-feira (25). O inquérito que investiga a morte segue em andamento.
Edema pulmonar
O edema pulmonar é uma condição caracterizada pelo acúmulo de líquido no interior dos pulmões. Ele ocorre com mais frequência quando o coração encontra dificuldade para bombear o sangue, aumentando a pressão do sangue no interior dos pequenos vasos sanguíneos dos pulmões. Para aliviar essa pressão crescente, os vasos liberam líquido para dentro dos pulmões. Esse líquido interrompe o fluxo normal de oxigênio, resultando em falta de ar. As informações são do Hospital Sírio-Libanês.
Na maioria dos casos, o edema é causado pela insuficiência cardíaca, que ocorre quando o coração não é capaz de bombear o sangue adequadamente. Mas o edema pulmonar pode ocorrer por outros motivos, incluindo pneumonia, exposição a certas toxinas e medicamentos e até por traumas torácicos.
O caso
A morte de Lívia Izabel Zanetoni, de 16 anos, aconteceu na última quarta-feira, dia 20 de janeiro, em um motel em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ela estava no local com Lucas Nascimento de Carvalho, de 29 anos, quando teve uma hemorragia. A garota foi levada por ele até a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Pinhais e morreu pouco tempo depois.
Segundo a defesa do rapaz, há informações preliminares e não-oficiais de que o corpo da adolescente não possui marcas de violência. Lucas nega as acusações de que teria sido responsável pela morte da garota e afirma, no Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), que a hemorragia começou logo após a relação sexual.
A família de Lívia diz que ela era saudável, não aprovava o relacionamento entre os dois e acredita na culpa do rapaz. Ele chegou a ser detido na Delegacia de Pinhais, mas foi liberado após depoimento.